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Guia Prático da Licença Especial de Trânsito de Produtos Perigosos (LETPP) em São Paulo

Guia Prático da Licença Especial de Trânsito de Produtos Perigosos (LETPP) em São Paulo

Como atender às exigências legais, evitar penalidades e transformar o compliance em vantagem competitiva


1. Introdução: Por que a LETPP é tão importante

Transportar produtos perigosos é uma atividade que exige muito mais do que apenas veículos adequados e motoristas experientes. No Brasil, essa operação está sujeita a um conjunto de normas federais, estaduais e municipais que se complementam para garantir segurança, proteção ambiental e fluidez no trânsito.

No município de São Paulo, a Licença Especial de Trânsito de Produtos Perigosos (LETPP) é o documento essencial que autoriza a circulação de veículos com cargas perigosas.
Emitida pela Secretaria Executiva de Mobilidade e Trânsito (DSV/CET), ela representa o resultado de um processo de conformidade que envolve a empresa, o veículo e o condutor.

Para obtê-la, é preciso comprovar uma série de requisitos, como:

  • Plano de Atendimento a Emergências (PAE) aprovado pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SVMA);

  • Certificação veicular (CIPP ou CTPP, conforme o tipo de transporte);

  • Qualificação do motorista, com curso MOPP registrado na CNH.

Mais do que uma formalidade, a LETPP é uma ferramenta de gestão de riscos. Ela assegura que a transportadora está preparada para lidar com situações emergenciais e protege tanto a empresa quanto o embarcador de responsabilidades legais e ambientais.


2. Como funciona o sistema regulatório no transporte de produtos perigosos

O transporte de cargas perigosas no Brasil envolve diversos órgãos públicos, cada um com uma função específica:

  • ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres): define as regras técnicas e de segurança, conforme a Resolução nº 5.998/2022.

  • CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito): regulamenta o curso MOPP, obrigatório para condutores.

  • IBAMA: exige a Autorização Ambiental para Transporte de Produtos Perigosos (AATIPP) para operações interestaduais.

  • Prefeitura de São Paulo (SVMA e DSV/CET): exige o Cadastro de Transportadores de Produtos Perigosos (CTPP) e a LETPP, para controlar o tráfego local.

Essas camadas formam um sistema integrado de prevenção e fiscalização, onde cada licença cobre um aspecto diferente:

  • O motorista (MOPP),

  • O veículo (CIPP/CTPP),

  • A empresa (PAE),

  • E o território de atuação (LETPP).


3. Entendendo a LETPP na prática

A LETPP é a licença que autoriza a circulação de um veículo específico com produtos perigosos nas vias da cidade de São Paulo.
A exigência é válida para todas as transportadoras e também para os embarcadores, que podem ser multados caso contratem serviços sem o devido licenciamento.

3.1. Etapas do processo

Fase 1 – Aprovação do PAE (Plano de Atendimento a Emergências)

O PAE é analisado pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SVMA) e comprova que a transportadora está preparada para agir em situações de emergência, como vazamentos ou incêndios.
Ele deve ser elaborado com o apoio de uma empresa credenciada pela SVMA e cumprir os requisitos da Portaria 54/SVMA/2009.

Custos estimados:

  • R$ 569,00 por análise do PAE;

  • R$ 187,00 por número ONU transportado.

Após aprovação, o despacho é publicado no Diário Oficial da Cidade.

Fase 2 – Emissão da LETPP pela DSV/CET

Com o PAE aprovado, a empresa solicita a LETPP para cada veículo, apresentando:

  • Cópia do despacho de aprovação do PAE;

  • CRLV atualizado;

  • CIPP ou CTPP (conforme o tipo de carga);

  • Guia de recolhimento (taxa de R$ 74,30 a R$ 195,00 por veículo).

3.2. Validade

  • LETPP: validade de 1 ano.

  • PAE: validade de 3 anos.

Como os prazos são diferentes, é essencial manter uma gestão ativa de vencimentos para evitar lapsos de conformidade.


4. Certificações complementares indispensáveis

Além da LETPP, outros documentos são essenciais:

  • MOPP: curso obrigatório para motoristas que transportam produtos perigosos, regulamentado pelo CONTRAN.

  • CIPP/CTPP: certificações que garantem a segurança técnica dos veículos e equipamentos, emitidas por organismos acreditados pelo INMETRO.

Esses três pilares — condutor habilitado, veículo certificado e empresa preparada — formam a base da conformidade legal no transporte de cargas perigosas.


5. Penalidades e restrições

Circular sem LETPP pode gerar multa de R$ 700,00, além da retenção do veículo e de possíveis multas ambientais.
O embarcador que utiliza transportadora sem licença também é responsabilizado, reforçando a importância da verificação mútua.

Além disso, há restrições de circulação no município:
De segunda a sexta, das 7h às 10h e das 17h às 20h, veículos com cargas perigosas não podem trafegar no mini-anel viário e no Centro Expandido, conforme a Portaria SMT.GAB nº 051/2024.


6. Tendências regulatórias

A cidade de São Paulo vem avançando para um sistema de controle digital.
A Portaria SMT nº 17/2022 determinou a adesão ao Protocolo Brasil-ID, que exige a instalação de TAG eletrônica nos veículos licenciados.
Essa medida traz mais rastreabilidade e segurança, mas também demanda adequações tecnológicas por parte das empresas.


7. Boas práticas de gestão e compliance

  1. Mantenha um cronograma de prazos — controle as validades de todos os documentos (PAE, LETPP, CIPP e CNH/MOPP).

  2. Invista em tecnologia — softwares de gestão de frota ajudam a evitar vencimentos e multas.

  3. Conte com assessoria especializada — empresas credenciadas agilizam a aprovação do PAE e da LETPP.

  4. Verifique parceiros e embarcadores — garanta que todos estejam em conformidade para evitar corresponsabilidade.


8. Conclusão

A LETPP é mais do que uma exigência burocrática: é uma certificação de segurança e responsabilidade.
Cumprir as normas municipais, estaduais e federais garante credibilidade, continuidade operacional e proteção jurídica.
Empresas que enxergam o compliance como parte da estratégia — e não apenas como custo — fortalecem sua imagem e ganham vantagem competitiva no mercado.


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