☢️ Rejeitos Radioativos (Grupo C): Como Lidar com Segurança e Responsabilidade
Os resíduos radioativos, classificados como Grupo C dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), exigem cuidados extremamente rigorosos. Devido ao seu potencial risco à saúde humana e ao meio ambiente, seu manejo deve seguir normas técnicas e legais específicas, que garantem a segurança desde a geração até a destinação final.
Neste artigo, vamos explicar de forma clara e objetiva como esses rejeitos devem ser tratados, armazenados e descartados — e como a gestão correta evita impactos ambientais e legais.
💡 O Que São Rejeitos Radioativos?
Rejeitos radioativos são resíduos que contêm radionuclídeos — substâncias instáveis que emitem radiação. Eles são gerados, principalmente, em procedimentos diagnósticos e terapêuticos na medicina nuclear, radioterapia, laboratórios de pesquisa e outras atividades que utilizam materiais radioativos.
🧴 Como os Rejeitos Devem Ser Segregados?
A segregação dos rejeitos radioativos é essencial para garantir a segurança no manuseio e descarte. Eles devem ser separados conforme:
O tipo de radionuclídeo;
A natureza da radiação emitida (alfa, beta ou gama);
O estado físico (sólido, líquido ou gasoso);
A concentração e a taxa de exposição.
📦 Acondicionamento Correto
Os recipientes para rejeitos radioativos precisam ser:
✅ Compatíveis com as características do resíduo (físicas, químicas, biológicas e radiológicas);
✅ Vedados para evitar vazamentos;
✅ Claramente identificados com rótulo de “REJEITO RADIOATIVO”, conforme as normas.
No caso de resíduos com risco químico e radiológico, a identificação deve incluir ambos os perigos.
🛡️ Transporte de Materiais Perfurocortantes Radioativos
Itens como seringas e agulhas contaminadas com radionuclídeos devem ser transportados em recipientes blindados, desde o local de geração até o armazenamento para decaimento.
🚫 É proibido separar seringa da agulha ou realizar reencape manual — medidas importantes para evitar acidentes e exposição.
🏷️ Armazenamento: A Sala de Decaimento
O armazenamento dos rejeitos radioativos deve ocorrer em local apropriado para o decaimento — processo pelo qual a radioatividade diminui naturalmente com o tempo.
Esse espaço pode ser:
A própria sala de manipulação;
Uma sala específica, identificada como “SALA DE DECAIMENTO”.
💧 No caso de líquidos radioativos, o armazenamento precisa ter contenção extra, como bacias ou bandejas capazes de conter o dobro do volume armazenado.
❄️ Rejeitos de Fácil Putrefação
Resíduos orgânicos contaminados com radionuclídeos devem ser refrigerados ou conservados de outra forma, para evitar decomposição durante o período de decaimento.
🥘 E Quanto aos Alimentos de Pacientes com Iodo-131?
Alimentos ou sobras consumidas por pacientes tratados com iodo-131 precisam ser cuidadosamente analisados:
Se ainda apresentarem radioatividade acima do limite, devem ser tratados como rejeito radioativo e conservados adequadamente.
Como alternativa, os alimentos podem ser triturados e lançados na rede de esgoto (desde que o sistema tenha tratamento).
Se os níveis de radiação estiverem dentro dos limites permitidos, os resíduos podem ser descartados como resíduos comuns (Grupo D).
📉 Quando o Rejeito Deixa de Ser Radioativo?
Após o decaimento natural e a medição da radiação, se os níveis estiverem abaixo do limite de dispensa, o rótulo de "REJEITO RADIOATIVO" pode ser removido. No entanto, outros riscos (como químicos ou biológicos) ainda devem permanecer identificados, se existirem.
✅ O Papel da Gestão Profissional de Resíduos
O gerenciamento de rejeitos radioativos exige:
Conhecimento técnico;
Equipamentos apropriados;
Armazenamento seguro;
Monitoramento e documentação conforme a legislação.
Instituições que geram esse tipo de resíduo precisam seguir rigorosamente as normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e demais órgãos ambientais e de saúde.
Comentários
Postar um comentário
Cotação pelo WhatsApp : https://wa.me/5511941391967
ou pelo link : https://www.gsambientais.com.br/orcamento